Pretendo que este espaço virtual seja um ponto de encontro de pessoas que se sentem mais ou menos tocadas pela vida, e que haja respeito por todas as opiniões e acima de tudo abertura para se escrever sobre tudo, mesmo tudo.
segunda-feira, novembro 28, 2005
Um questão de consciência ...
Às vezes sinto dúvidas se não estarei a trocar alguns valores como estes que passo a publicar. Escrito por Èlio Fraga:
"O pai moderno, muitas vezes perplexo, aflito, angustiado, passa a vida inteira correndo atrás do futuro e se esquecendo do agora. Na luta para edificar este futuro, ele renuncia ao presente. Por isso, é um homem ocupado, sem tempo para os filhos, envolvido em mil actividades — tudo com o objectivo de garantir o seu amanhã. É com que prazer e orgulho, a cada ano, ele preenche sua declaração de bens para o Imposto de Renda. Cada nova linha acrescida foi produto de muito esforço, muito trabalho. Lote, casa, apartamento, — tudo isso custou dias, semanas, meses de luta. Mas ele está sedimentando o futuro da sua família. Se ele parte um dia, por qualquer motivo, já cumpriu sua missão e não vai deixar ninguém desamparado. E para ir escrevendo cada vez mais linhas na sua relação de bens, ele não se contenta com um emprego só — é preciso ter dois ou três; vender parte das férias, em vez de descansar junto à família; levar serviço para fazer em casa, em vez de ficar com os filhos; e é um tal de viajar, almoçar fora, discutir negócios, marcar reuniões, preencher a agenda — afinal, ele é um executivo dinâmico, faz parte do mundo competitivo, não pode fraquejar.
No entanto, esse homem se esquece de que a verdadeira declaração de bens, o valor mais alto, aquele que efectivamente conta, está em outra página do formulário do Imposto de Renda — mais precisamente, naquelas modestas linhas, quase escondidas, onde se lê “relação dos dependentes”. Aqueles que dependem dele, os filhos que ele colocou no mundo, e a quem deve dedicar o melhor de seu tempo. Os filhos são novos demais, não estão interessados em lotes, casas, salas para alugar, aumento da renda bruta — nada disso. Eles só querem um pai com quem possam conviver, dialogar, brincar.
Os anos vão passando, os meninos vão crescendo, e o pai nem percebe, porque se entregou de tal forma ao trabalho - vulgo construção do futuro - que não viveu com eles, não participou de suas pequenas alegrias, não os levou ou buscou no colégio, nunca foi a uma festa infantil, não teve tempo para assistir à coroação da menina — pois um executivo não deve desviar sua atenção para essas bobagens. São coisas de desocupados. Há filhos órfãos de pais vivos, porque estão “entregues” - o pai para um lado, a mãe para o outro, e a família desintegrada, sem amor, sem diálogo, sem convivência. E é esta convivência que solidifica a fraternidade entre os irmãos, abre seu coração, elimina problemas, resolve as coisas na base do entendimento.
Há irmãos crescendo como verdadeiros estranhos, porque correm de um lado para o outro o dia inteiro — ginástica, natação, judo, balé, aula de música, curso de Inglês, terapia, lição de piano, etc. — e só se encontram de passagem em casa, um chegando, o outro saindo. Não vivem juntos, não saem juntos, não conversam — e, para ver os pais, quase é preciso marcar hora.
Depois de uma dramática experiência pessoal e familiar vivida, a única mensagem que tenho para dar — e que tem sido repetida exaustivamente em paróquias, encontros familiares, movimentos e entidades — é esta: não há tempo melhor aplicado do que aquele destinado aos filhos. Dos 18 anos de casado, passei 15 anos correndo e trabalhando, absorvido por muitas tarefas, envolvido em várias ocupações, totalmente entregue a um objectivo único e prioritário: construir o futuro para três filhos e minha mulher. Isso me custou longos afastamentos de casa, viagens, estágios, cursos, plantões no jornal, madrugadas no estúdio da televisão, uma vida sempre agitada, atarefada, tormentosa, e apaixonante na dedicação à profissão escolhida — que foi, na verdade, mais importante do que minha família. E agora, aqui estou eu, de mãos cheias e de coração aberto, diante de todos vocês, que me conhecem muito bem. Aqui está o resultado de tanto esforço: construí o futuro, penosamente, e não sei o que fazer com ele, depois da perda do Luiz Otávio. De que valem casa, carros, sala, lote, e tudo o mais que foi possível juntar nesses anos todos de esforço, se ele não está mais aqui para aproveitar isso com a gente? Se o resultado de 30 anos de trabalho fosse consumido agora por um incêndio, e desses bens todos não restasse nada mais do que cinzas, isso não teria a menor importância, não ia provocar o menor abalo em nossa vida, porque a escala de valores mudou, e o dinheiro passou a ter um peso mínimo e relativo em tudo. Se o dinheiro não foi capaz de comprar a cura e a saúde de um filho amado, para que serve ele? Para que ser escravo dele? Eu trocaria — explodindo de felicidade — todas as linhas da declaração de bens por uma única linha que eu tive de retirar, do outro lado da folha: o nome do meu filho na relação dos dependentes. E como me doeu retirar essa linha, na declaração de 1983, ano-base de 82."
Enfim, coisas da vida ...
terça-feira, novembro 15, 2005
Uma refelxão séria
Não será este um dos grandes problemas da nossa Igreja actual?
Olharmos para fora e esquecermos como somos por dentro?
O mundo cá dentro
"Num tempo em que decorre em Lisboa a terceira sessão do Congresso Internacional para a Nova Evangelização, valeria a pena dirigir esse objectivo para os próprios cristãos. Pensar a evangelização como destinada à conversão do mundo descrente e como privilégio de cristãos cientes da imensidão da sua fé, é um tremendo equívoco. São os cristãos os primeiros a precisar de se reconverter permanentemente à radicalidade do Evangelho e a fazê-lo em diálogo com este mundo. Amando-o e não ensinando-o."
in http://palombellarossa.blogspot.com/
Acho que vale a pena pensarmos e discutirmos esta temática que é tão importante e, em minha opinião, vital para o futuro da Igreja ...
Enfim, coisas da vida ...
segunda-feira, novembro 14, 2005
A força de Fátima
in http://dn.sapo.pt/2005/11/14/opiniao/a_forca_fatima.html
enfim, coisas da vida ...
quarta-feira, novembro 09, 2005
A FRASE
José Manuel Fernandes, PÚBLICO, 8-11-2005
Enfim, coisas da vida ...
terça-feira, novembro 08, 2005
frase do dia
enfim, coisas da vida ...
quarta-feira, outubro 19, 2005
Professor ateu
Ele perguntou a um dos estudantes:
- Tomás, vês a árvore lá fora?
- Sim, respondeu o menino.
O Professor voltou a perguntar:
- Vês a Relva?
E o menino respondeu prontamente:- Sim.
Então o professor mandou Tomás sair da sala e lhe disse para olhar pra cima e ver se ele viu o céu.
Tomás entrou e disse:- Sim, professor, eu vi o céu.
- Viste a Deus? Perguntou o professor.
O menino respondeu que não.
O professor, olhando para os demais alunos disse:
-É disso que eu estou falando! Tomás não pode ver a Deus, porque Deus não está ali !Podemos concluir então que Deus não existe.
Nesse momento Pedrinho se levantou e pediu permissão ao professor para fazer mais algumas perguntas a Tomás.
- Tomás,vês a relva lá fora?
- Sim.
- Vês as árvores?
- Sim.
- Vês o céu?
- Sim.
- Vês o professor?
- Sim.
- Vês o cérebro dele?
- Não - disse Tomás.
Pedrinho então, dirigindo-se aos seus companheiros, disse:
- Colegas, de acordo com o que aprendemos hoje, concluímos que o professor não tem cérebro.
Enfim, coisas da vida ...
sexta-feira, outubro 14, 2005
Castro pide ayuda a la Iglesia para frenar la creciente «plaga» de abortos en Cuba

El cardenal Bertone revela los detalles de su largo encuentro con el dictador comunista el pasado martes
Es una noticia insólita que el cardenal Tarsicio Bertone ha revelado al diario «La Stampa»: Fidel Castro les ha pedido «ayuda para combatir la plaga de abortos, que es una de las causas de la crisis demográfica y una consecuencia del turismo sexual».
Roma- El cardenal visitó La Habana la semana pasada, acompañando a los dos obispos genoveses destinados por la Santa Sede para la diócesis de Santa Clara. Bertone aprovechó el viaje para entrevistarse con Castro, un encuentro que se produjo el 11 de octubre, se alargó por encima de las dos horas y se saldó con un intercambio de regalos. El purpurado portó una medalla de plata con el rostro de Juan Pablo II, regalo «oficial» de la Santa Sede para los jefes de Estado en los últimos tiempos. Castro correspondió a la ofrenda con una montaña de productos «Made in Cuba»: un centenar de cigarros puros, un cuadro de arte abstracto y una caja de botellas de ron.
Más apertura. Como impresión dominante, Bertone se trajo de Cuba el pesimismo de una nación que arrastra el escándalo del turismo sexual. «Es normal que Castro esté preocupado y yo me avergüenzo del comportamiento de algunos italianos en el extranjero». En la entrevista al diario «La Stampa», el purpurado aseguró que la Iglesia se ha ofrecido a colaborar para ayudar a la población y reconoció que al menos las libertades religiosas están mejorando. «Sobre el aborto y la baja natalidad, la Iglesia puede contribuir mucho en un país que a estas alturas está completamente abierto: un alto funcionario nos acogió en la puerta de la catedral y participó en la ceremonia. Han eliminado las cuotas de acceso al seminario, la ordenación de sacerdotes es libre, así como la elección de los fieles», explicó satisfecho. En su testimonio, Bertone describe a un Castro irreconocible, preocupado por los problemas de la Iglesia, por la salud de Benedicto XVI, por los avatares del Cónclave, un dictador que incluso «acogió en silencio mi bendición sobre su persona y el pueblo cubano». Además, el icono del comunismo caribeño habría dejado una sorprendente valoración de Benedicto XVI: «Es un Papa que me gusta. Una buena persona, algo que he entendido enseguida mirando su rostro, el rostro de un ángel». Castro habría pedido ante la delegación vaticana una visita del Papa a la isla, algo a lo que Bertone respondió haciendo hincapié en que el Pontífice tiene 78 años y limitará mucho los desplazamientos trasatlánticos. «El difunto Juan Pablo II tenía cincuenta y ocho años cuando inició su papado, pero este Pontífice tiene veinte más y son muchos quienes esperan su visita», explicó Bertone. En la Santa Sede se considera improbable que el Papa haga más de un viaje intercontinental por año.
Cal y arena. Por su parte, el purpurado llevó hasta Cuba nuevas señales de reconciliación entre la dictadura y la Santa Sede, cuyas relaciones diplomáticas cumplen setenta años en estas fechas. «Apreciamos la ayuda enviada a Venezuela a cambio de petróleo», explicó el cardenal, ofreciendo la dosis de arena que suele administrar la retórica vaticana para descargar después la pala de cal: «Lamentablemente, el cincuenta por ciento del turismo en la isla es sexual, una vergüenza. Ya va siendo hora de acabar con ella».
in La Razon de 14.10.2005Este tópico serve para demonstrar aos meus amigos pró-aborto que a temática do aborto contráriamente aquilo que querem fazer passar não tem ligação directa com a Igreja. Ou seja, passa muito para além das questões religiosas, tem isso sim a ver com questões de ética e moral social / pessoal.
Serve ainda para verificarmos que não é uma luta esquerda / direita.
enfim, coisas da vida
sexta-feira, outubro 07, 2005
Jesus Cristo era um homem como outro ?
Pelo facto de não haver fotografias de Cristo, "não se sabe se era bonito ou feio", lembra Carreira das Neves. "A Bíblia não descreve fisicamente os seus heróis, mas sabemos que, por volta dos 30 anos, Jesus era um homem cheio de saúde", diz. No entanto, para adivinhar os seus traços físicos, "basta pensar num judeu e num árabe, porque entre um e outro encontram-se os traços que terá tido", explica.
Um dos erros mais frequentes na descrição da sua vida é, de acordo com o teólogo, "a ideia de que era pobre". Isto porque "Jesus vivia no seio de uma família de classe média", afirma. O seu pai, José, terá mesmo sido carpinteiro "Trabalhava a madeira, um material mais digno do que o ferro."
Da infância e da juventude de Jesus Cristo não há registos. "O que sabemos é aquilo que aconteceu depois de completar 27 anos", conta Carreira das Neves. "É um facto que foi baptizado e discípulo de São João Baptista, e que continuou a sua obra depois de este ter sido preso", diz Carreira das Neves."
Do que há certeza é de que foi crucificado", avança o teólogo. Porque "todos os crucificados eram malditos, ele era um maldito, amaldiçoado por causa da nossa maldição, para retirar de nós o pecado", explica.
De acordo com Carreira das Neves, é também certo que Jesus Cristo foi flagelado "Condenaram-no por ser blasfemo, porque perdoou pecados, porque fez milagres ao sábado e porque era contra a lei do divórcio." Na base da sua condenação esteve também "o facto de ter pregado o reino de Deus". Por isso, "não foi condenado por ser malfeitor", assegura.
Carreira das Neves condena "tanto romance e tanta ficção" à volta da figura de Cristo. Na sua opinião, livros como o Código Da Vinci têm sucesso porque há neles "um Jesus feito à imagem e semelhança das pessoas". Essa procura não faz sentido, pensa o teólogo, que tece duras críticas aos livros de Paulo Coelho - escritor brasileiro, autor de Brida e O Alquimista -, por considerar que "não têm dignidade e que as pessoas que o lêem estão demasiado voltadas para um Deus feminino".
Ficção é também, na sua opinião, "o que se diz por aí das viagens que Jesus Cristo terá feito e dos anos que terá vivido no Nepal ou na China". Segundo Carreira das Neves, "não temos fontes que nos garantam que estudou ciência mágica, como se diz".
Os dados biográficos que existem de Cristo são poucos "As cartas de São Paulo são um dos registos mais fiéis que temos, mas São Paulo não se interessou pela pessoa histórica de Jesus, mas pela sua obra." Por essa razão, "não conseguimos dizer com certeza se era bonito, feio, inteligente, ou como era o seu cabelo".
Para explicar às crianças a vida de Jesus Cristo "é preciso muita pedagogia", considera Carreira das Neves. Isto porque "habitualmente só lhes falamos de coisas bonitas, não se fala de sangue nem de morte", explica. Assim, "não é raro celebrar um baptismo em que uma criança de três anos foge de perto dos pais para ir ver a imagem de Cristo morto e perguntar "Quem fez mal a este senhor?", diz. Para o teólogo, "os pais devem recorrer à criatividade para lhes explicar a morte de Cristo".
in jn online de 07.10.05
Enfim coisas da vida ...
terça-feira, outubro 04, 2005
Onde está o aborto?
António Rego in http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia.asp?noticiaid=23625
Acho que este assunto está de volta à ribalta, será para nos distraírmos todos à volta do aborto e esquecermos os problemas reais do país?
Não é que a questão do aborto, seja de menor importância, antes pelo contrário - deve ser dado o máximo interesse e estudo aprofundado - mas no entanto acho que o país atravessa uma crise profunda ao qual os nossos políticos se esquecem de debater e passar para a acção no terreno.
Enfim coisas da vida ...
De volta ao CyberEspaço
Bem hajam ...
enfim coisas da vida
quinta-feira, maio 12, 2005
Pressão para PS mudar lei do aborto depois do referendo "ter abortado"
quarta-feira, maio 11, 2005
PCP abstém-se em estudo do aborto
E a saga continua. Agora esperemos que essa tal equipa de trabalho, consiga na realidade tirar a fotocópia da sociedade portuguesa relativamente a esta problemática e que de uma vez por todas não se escondam por detrás de pseudo-estatísticas que na sua maioria são forjadas.
Claro está que, os elementos que formarão a tal equipa em muito vai influênciar os resultados. Vamos esperar e ver.
Enfim coisas da vida ...