A qualquer espaço que se desloquem, as estabelecimentos são sempre os mesmos ... certo?
Pretendo que este espaço virtual seja um ponto de encontro de pessoas que se sentem mais ou menos tocadas pela vida, e que haja respeito por todas as opiniões e acima de tudo abertura para se escrever sobre tudo, mesmo tudo.
terça-feira, novembro 24, 2009
Frase de Semana
A qualquer espaço que se desloquem, as estabelecimentos são sempre os mesmos ... certo?
terça-feira, novembro 17, 2009
Tentações!
Reparem nas expressões faciais fantásticas destas crianças!
Simplesmente lindo!
Enfim, coisas da vida ...
(fonte: @joaolima via twitter)
quinta-feira, novembro 12, 2009
Representantes de Facebook, YouTube e Wikipedia no Vaticano
Assembleia da Comissão Episcopal Europeia para os Meios de Comunicação
CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 11 de Novembro de 2009 (ZENIT.org).- Os bispos europeus conversam estes dias com representantes do Facebook, YouTube, Identi.ca e Wikipedia.
O contexto é a assembleia plenária da Comissão Episcopal Europeia para os Meios de Comunicação, que acontece de 12 a 15 de Novembro no Vaticano, com o tema “Cultura de Internet e comunicação na Igreja”.
A CEEM é uma comissão especializada do Conselho de Conferências Episcopais da Europa (CCEE), que acompanha a evolução da mídia e das comunicações eclesiais, sustenta a ação das Conferências Episcopais neste campo e define, a pedido da CCEE, orientações em matéria de política midiática.
Neste encontro –informa a CCEE– participam os bispos responsáveis pelas comissões episcopais para as comunicações sociais, acompanhados por especialistas, responsáveis de imprensa e porta-vozes das conferências episcopais da Europa, num total de 100 delegados.
“Quais são as implicações da presença da internet para a missão da Igreja hoje? Onde se encontra e qual é esta nova cultura veiculada pela internet? Como se insere na rede a pastoral quotidiana de nossas dioceses e de nossas paróquias? Como a Igreja pode fazer passar a mensagem cristã na cultura atual, marcada pela interatividade?”. A questões como essas se dirige a assembleia.
Como introdução deste encontro, os bispos serão iniciados no mundo da internet e nas mudanças em curso não apenas na rede (com a passagem à web 2.0 e à “nuvem”), mas também na sociedade, e em particular entre os jovens. A necessidade de fazer sentir o efeito de interpretar as culturas midiáticas atuais na sua especificidade.
Os bispos da Europa dialogarão com quem faz a comunicação e produz a cultura hoje. Com representantes de redes sociais como Facebook, de motores de busca como Google-YouTube, de microblogging como Idêntica, e da enciclopédia social Wikipedia.
A assembleia se centrará na ideia que está na base da criação de uma empresa multimídia, e na maneira como as pessoas (em especial os jovens) utilizam estes sites. Em seguida se discutirá o desenvolvimento da empresa.
A geração web é seguramente a que é mais sensível à presença constante da internet no cotidiano. Um sociólogo ajudará os participantes a compreender melhor o tipo de relação que os jovens mantêm com a Internet.
Na internet existe outra cultura, paralela e geralmente ignorada pela Igreja, mas não pelos “aficcionados em informática”. É o mundo dos hackers. Através do testemunho de um jovem suíço e de um responsável na luta contra a criminalidade na rede, da Interpol, os participantes tentarão compreender o fenómeno.
Irá se falar também dos limites tecnológicos e jurídicos da internet, além de como se defender em caso de ataque na rede.
As informações introdutórias da assembleia destacam que os meios de comunicação convertem-se cada dia mais em um espaço social e cultural através do qual passam todas as práticas individuais e sociais. Inclusive as práticas religiosas não escapam da presença na Internet.
Os dias do evento estarão preenchidos por conferências, debates, momentos de oração e celebrações eucarísticas.
fonte: Zenit
quinta-feira, novembro 05, 2009
Redes sociais não obrigam a reclusão
quarta-feira, novembro 04, 2009
António Lobo Antunes
terça-feira, novembro 03, 2009
Solenidade de Todos os Santos ?
Os Domingos e Dias santificados eram para descansar, para louvar a Deus e para dedicar à família. Sobretudo os mais velhos. Recordo-me de todas as tardes de Domingo irmos até à casa dos meus avós. Essa "romaria" era sagrada.
A tarde do Dia de Todos os Santos era destinada a ser passada na eira dos meus avós maternos. Fazia-se o magusto e provava-se a "agua-pé". Toda a família estava reunida. E éramos muitos: os meus avós tiveram 15 filhos. Com bastante antecedência era recolhida pelos pinhais a caruma ("munha", como se dizia naquela zona) necessária para encher a eira a fim de assar as castanhas necessárias para satisfezer a todos. A "água-pé" era da boa! Ríamos, conversávamos, contávamos anedotas, cantávamos... No fim, depois de bem comidos e bem bebidos, restava a cinza. Era usada para nos "mascararmos". Que tardes! Já noite adentro, íamos descansar. No dia seguinte, manhã cedo, havia que levantar para ir à Missa de "Fiéis Defuntos".
E hoje? Para aproveitarmos o feriado do dia 1 de Novembro, e termos o maior número de pessoas possível, lá vamos nós em procissões até aos cemitérios. É uma correria de manhã, uma correria à tarde... Ninguém quer ser apontado por não estar presente.
E o convívio? E a solidariedade? E, depois, queixam-se de que o "halloween" veio estragar tudo! Nós, padres, estragámos o Dia de Todos os Santos! Na correria para os cemitérios, esquecemos a caminhada festiva para a Casa do Pai que se pode concretizar na alegria de estarmos juntos a estreitar os laços de amizade e da fraternidade.
Hoje não celebrei os "Fiéis Defuntos". Dei um presente àquela que foi instrumento nas mãos de Deus para me dar a vida material e espiritual. Obrigado por seres para mim exemplo de caminhada dura para a Casa do Pai. Obrigado por rezares para que eu seja fiel à santidade que Deus me ofereceu.
quarta-feira, outubro 28, 2009
O Deus e a Bíblia de Saramago na SIC-Notícias
terça-feira, outubro 27, 2009
Alvin Toffler e a educação
segunda-feira, outubro 26, 2009
Atenção reforçada ao mundo digital
sexta-feira, outubro 23, 2009
SENHOR, QUE EU VEJA
Este desejo é expresso em público, com voz firme e confiante, por Bartimeu. Dirige-se a Jesus que ia a sair de Jericó a caminho de outras terras. É feito por um cego que estava na valeta, à margem, a pedir esmola.
As suas limitações não o bloqueiam, nem os preconceitos sociais nem a repreensão de alguns acompanhantes de Jesus. O seu gesto manifesta uma “cegueira” lúcida que vê mais longe e uma coragem ousada que rasga horizontes. A sua atitude fica registada como um símbolo para toda a humanidade em todos os tempos.
“Que eu veja, Senhor” – continuam a clamar os que amam, estudam e trabalham pelo progresso que humaniza a vida; os que se dedicam à investigação científica que desvenda os segredos da natureza; os que, incansavelmente e com desvelo, exercem a biomedicina e cuidam da pessoa doente e das circunstâncias em que está envolvida.
“Senhor, que eu veja” - exclamam os que sonham uma ordem política e económica, alicerçada na ética da responsabilidade comum e no destino universal dos bens e querem contribuir positivamente para despertar a consciência social dos cidadãos; os que acreditam na força das organizações e na eficácia das iniciativas que, à maneira de fermento, vão provocando um modo de ser e agir mais humanizados.
“Que eu veja, Senhor” – desejam os que estão constituídos em responsáveis pelo bem público integral e pretendem encontrar vias acessíveis e eficazes para o promover; os que têm a missão de, à maneira de Jesus, procurar as melhores formas de dar a conhecer os valores do Evangelho, de colaborar para que todas as pessoas tomem consciência da sua dignidade e possam caminhar na vida “de cabeça erguida e rosto descoberto”.
Bartimeu, o filho do homem apreciado pela honradez, tal é o significado do seu nome, faz o pedido da visão num contexto de diálogo profundo, depois de aceitar o chamamento e a ajuda que outros lhe ofereciam, de atirar fora a capa do resguardo, de se erguer com vigor e de, confiante, ir ter com Jesus. Gestos humanos indispensáveis para começar a ver com luz nova – a da fé - que enche de alegria, beleza e verdade a vida inteira.
Georgino Rocha
Back to real life
quinta-feira, agosto 20, 2009
Bem-vindo ao mundo Vasco!
terça-feira, agosto 18, 2009
[Músicas da minha vida] - Paixão (Blackout)
sexta-feira, agosto 14, 2009
Alice Vieira acerca das leituras e dos livros
quinta-feira, junho 18, 2009
[João Paulo II] Amar não é pecado
Enfim, coisas da vida ...
(clique para vêr o artigo completo)
terça-feira, junho 16, 2009
Jesus quer a rosa
retirado do blog: Canto de Jo
sexta-feira, junho 05, 2009
HOME O Mundo é a nossa casa
terça-feira, junho 02, 2009
O SOPRO DE JESUS
Jesus escolhe o gesto do sopro para comunicar o Espírito Santo, o dom de Deus por excelência. Comunica-o aos discípulos, fazendo deles apóstolos, comunica-o à Igreja a fim de ultrapassar as fronteiras da sinagoga e se abrir sem medos à universalidade da missão; comunica-o a cada um de nós para que – como São Paulo – vivamos para o Senhor e para os outros e não apenas para nós mesmos.
Antes de fazer o gesto, Jesus identifica-se. Mostra as mãos onde se mantém as cicatrizes da crucifixão e apresenta o lado com as marcas da flagelação. Sou eu mesmo e não um fantasma – afirma. Vivo uma vida nova que não se parece em nada com a vida material ou virtual. Compreendei o gesto que vos faço. Acolhei e apreciai o Espírito que vos confio em nome do Pai. Deixai-vos guiar por Ele, pois fica constituído em memória permanente e viva de quanto vos transmiti e em garante fiel de quanto vos vai ser pedido para realizardes a missão que vos entrego.
O sopro de Jesus é para os discípulos o que o alento de Deus foi no alvor da criação, dando vida a todas as coisas e gerando a harmonia do universo; é para os profetas o que a brisa suave foi para Elias, atestando a presença qualificada de Deus junto de quem permanece fiel, mesmo no meio da perseguição; é para a Igreja ao longo da história o que foi para os membros da primeira comunidade cristã: agente de transformação, força de comunhão que vai integrando diferenças legítimas, linguagem de comunicação que a todos quer fazer chegar a novidade de Jesus, em favor da humanidade inteira.
Mas quantas vezes, os ruídos se infiltraram e surgiram os monólogos e as deturpações, a comunhão cedeu lugar à desunião e ao mútuo desconhecimento, a renovação foi suplantada pela manutenção e conservação das tradições, a brisa suave foi varrida pela tempestade violenta das guerras, sem conta, o alento criador foi usurpado pelas forças da morte, de todos os naipes.
O sopro de Jesus tem sempre uma importância vital para os discípulos, a Igreja enquanto comunidade instituída, a humanidade com família de irmãos. Ele é Espírito e não os espíritos, as forças ocultas e malfazejas, as correntes dinâmicas de esoterismo, os estados sentimentais e fundamentalistas.
O sopro de Jesus constitui o gesto da nossa marca e do nosso estilo. Faz-nos apelos à intervenção coerente, lúcida e realista, numa sociedade cheia de luzes e sombras.
P. GEORGINO ROCHA
sexta-feira, maio 22, 2009
Fantástico
LINK: http://pope2you.net/
terça-feira, maio 19, 2009
Educação dos filhos na actualidade
segunda-feira, maio 18, 2009
CONVITE
quarta-feira, maio 13, 2009
Eleições Europeias - MEP
Vamos estando atentos ao que se vai escrevendo e falando sobre estas eleições que se irão realizar no próximo dia 7 de Junho.
Enfim, coisas da vida ...
quinta-feira, abril 30, 2009
[Segurança na NET] A todos os pais, adolescentes e demais.
É sobre isto que tenho andado a escrever todas as semanas ...
A segurança na internet é de facto importante e preocupante, dado que as nossas crianças e jovens, não "ligam" nenhuma a estas coisas ...
É o celebre pensamento: a mim nunca me acontece isso !
Divulguem o mais que puderem.
Após deixar os livros no sofá ela decidiu lanchar e entrar online.
Assim, ligou-se com o seu nome de código (nick):* **Docinho14.*
Procurou na sua lista de amigos e viu que* **Meteoro123* estava ligado.
Enviou-lhe uma mensagem instantânea:
*Doçinho14*: Oix. Que sorte estares aí! Pensei que alguém me seguia na Rua hoje. Foi mesmo esquisito!
*Meteoro123:* Lol. Vês muita TV. Por que razão alguém te seguiria? Não moras num local seguro da cidade?
*Docinho14*; Com certeza. Lol. Acho que imaginei isso porque não vi ninguém quando me virei.
*Meteoro123:* A menos que tenhas dado o teu nome online. Não fizeste isso, pois não?
*Docinho14*: Claro que não. Não sou idiota, já sabes.
*Meteoro123:* Jogaste vólei depois das aulas, hoje?
*Docinho14*: Sim e ganhamos!
*Meteoro123:* Óptimo! Contra quem?
*Docinho14*: Contra as Vespas do Colégio da Sagrada Família. LOL. Os uniformes Delas são um nojo! Pareciam abelhas. LOL
*Meteoro123:* Como se chama a tua equipa?
*Docinho14*: Somos os Gatos de Botas. Temos garras de tigres nos uniformes. São impecáveis.
*Meteoro123:* Jogas ao ataque?
*Docinho14*: Não, jogo à defesa. Olha: tenho que ir. Tenho que fazer os TPC antes que cheguem os meus pais. Xau!
*Meteoro123:* Falamos mais tarde. Xau.
Entretanto,* **Meteoro123* foi à lista de contactos e começou a pesquisar sobre o* **Perfil dela.*
Quando apareceu, copiou-o e imprimiu-o.
Pegou na caneta e* **anotou o que sabia de Docinho* até agora.
Seu nome:* **Susana* aniversário: Janeiro 3, 1993. Idade.: 13. Cidade onde vive: Porto.
*Passatempos*: vólei, inglês, natação e passear pelas lojas.
Além desta informação sabia que vivia no centro da cidade porque lho tinha contado recentemente.
*Sabia que** **estava sozinha até às 6.30 todas as tardes* até que os pais voltassem do trabalho.
*Sabia que* jogava vólei às quintas-feiras de tarde com a equipa do colégio, os Gatos de Botas. O seu número favorito, o 4, estava estampado na sua camisola.
*Sabia que* estava no oitavo ano no colégio da Imaculada Conceição. Ela tinha contado tudo em conversas online.
Agora tinha informação suficiente para encontrá-la.* **Susana* não contou aos pais sobre o incidente ao voltar do parque. Não queria que ralhassem com ela e a impedissem de voltar dos jogos de vólei a pé.
Os pais sempre exageram e os seus eram os piores. Ela teria gostado não ser filha única. Talvez se tivesse irmãos, os seus pais não tivessem sido tão super protectores.
Na quinta-feira,* **Susana já se tinha esquecido* que alguém a seguira.
O seu jogo decorria quando,* **de repente, sentiu que alguém a observava.* Então lembrou-se. Olhou e viu um homem que a observava de perto. Estava inclinado contra a cerca na arquibancada e sorriu quando o viu. Não parecia alguém de quem temer e rapidamente desapareceu o medo que sentira.
Depois do jogo, ele sentou-se num dos bancos enquanto ela falava com o treinador. Ela apercebeu-se do seu sorriso mais uma vez quando passou ao lado. Ele acenou com a cabeça e ela devolveu-lhe o sorriso. Ele confirmou o seu nome nas costas da camisola.* **Sabia que a tinha encontrado.*
Silenciosamente, caminhou a uma certa distância* **atrás dela.* Eram só uns quarteirões até casa dela. Quando viu onde morava voltou ao parque e entrou no carro. Agora tinha que esperar. Decidiu comer algo até que chegou a hora de* **ir à Casa da menina.* Foi a um café e sentou-se.
Mais tarde, essa noite,* **Susana* ouviu vozes na sala. 'Susana, vem cá!', chamou o seu pai.
Parecia perturbado e ela não imaginava porquê.
Entrou na sala e viu o homem do parque no sofá. 'Senta-te aí', disse-lhe o pai, '*este senhor* acaba de nos contar uma história muito Interessante sobre ti'.* **Susana* sentou-se.
Como poderia ele contar-lhes qualquer coisa?* **Nunca o tinha visto* senão nesse mesmo dia!
'Sabes quem sou eu?'* **perguntou o homem.*
*'Não',* respondeu Susana.
'Sou polícia e teu amigo do Messenger* **- Meteoro123'.*
*Susana ficou pasmada.*
'É impossível!* **Meteoro123* é um rapaz da minha idade! Tem 14 e mora em Braga!'.
*O homem** **sorriu.* 'Sei que te disse tudo isso, mas não era verdade.
Repara, Susana, há gente na Internet que se faz passar por miudos; eu era um deles. Mas enquanto alguns o fazem para molestar crianças e jovens, eu sou de um grupo de pais que o faz para proteger as crianças dos malfeitores.
Vim para te ensinar que é muito perigoso falar online.
Contaste-me o suficiente sobre ti para eu te achar facilmente.
Deste-me o nome da tua escola, da tua equipa e a posição em que jogas. O número e o teu nome na camisola fizeram com que te encontrasse facilmente.
*Susana gelou*. 'Quer dizer que não mora em Braga?'.
*Ele* riu-se: 'Não, moro no Porto. Sentiste-te segura achando que morava longe, não é?' 'Tenho um amigo cuja filha não teve tanta sorte: foi assassinada enquanto estava sozinha em casa.
*Ensinam-se as crianças e jovens a não dizer a ninguém quando estão sozinhos, porém contam isso a toda a gente pela internet.*
*As pessoas maldosas enganam e fazem-se passar por outras para tirar informação de aqui e de lá online.*
*Antes de dares por isso, já lhes contaste o suficiente para que te possam achar sem que te apercebas.*
*Espero que tenhas aprendido uma lição disto e que não o faças de novo.*
*Conta aos outros sobre isto para que também possam estar seguros'. 'Prometo que vou contar!'.*
*AGORA: Por favor, divulga isto aos teus amigos para que não forneçam informações sobre si próprias.*
*CUIDADO COM AS INFORMAÇÕES QUE PASSAS NO HI5, NO MSN OU AINDA OUTROS.*
sexta-feira, abril 17, 2009
Laurinda Alves na linha de partida
José Miguel Júdice , in Jornal Público de 17.04.2009
(destaques feitos por mim)
quinta-feira, abril 16, 2009
A CADA UM, CONFORME A SUA NECESSIDADE
Era assim entre os cristãos de Jerusalém. Os bens estão ao serviço das pessoas. O gosto legítimo de ter traz consigo o desejo de partilhar. A medida da distribuição é definida pelas necessidades e não pelas possibilidades. A atenção da comunidade centra-se nas pessoas individualizadas. A angariação de bens é fruto da consciência comum, da organização solidária, da funcionalidade da rede domiciliária. O exemplo destes cristãos fica como referência para todos os tempos.
A economia da comunhão tem aqui uma das suas principais fontes de inspiração: Ter em comum para chegar a cada um. De forma adequada, sem subterfúgios de qualquer espécie. Com honestidade consciente e transparente. O lucro, também legítimo eticamente, faz parte de um todo social que privilegia a pessoa na sua integralidade.
Aquele modo de proceder manifesta que todos se reconhecem membros da mesma família humana, que todos se amem com amor de doação, que todos estão dispostos a tudo em benefício de cada um. Manifesta igualmente que ninguém pensa que a posse legítima dos bens é apenas pertença privada ou serve somente para uso pessoal, mas antes que todos se consideram depositários e administradores de bens destinados a todos.
Os cristãos de Jerusalém adoptam este estilo de vida e de organização económica pela sua fé em Jesus ressuscitado. Se Jesus está vivo – e está, sem dúvida alguma -, os bens fazem parte do projecto de Deus e têm uma única finalidade: servir a dignidade do ser humano para que possa fazer desabrochar todas as suas capacidades e satisfazer todas as legítimas aspirações.
A fé em Cristo Jesus recria, dotando-a de uma força nova, a ética económica, seja qual for o modelo predominante, e abre horizontes de superação consistente a todas as crises. A relação com os bens está revestida desta novidade. Os cristãos são coerentemente testemunhas qualificadas dessa originalidade. De contrário, fica “congelado” o alcance da ressurreição de Jesus Cristo e hipotecada a força da esperança pascal.
P. Georgino Rocha
quarta-feira, abril 15, 2009
VOTOS DE PÁSCOA FELIZ DO PROFETA ELIAS
1. Lê-se num antigo conto judaico que vivia numa aldeia uma família pobre: pai, mãe e uma filha pequena. O dinheiro não abundava, mas nunca ninguém os ouviu lamentar-se.
2. Aproximava-se entretanto a Páscoa, e a família não tinha meios para comprar as roupas novas requeridas para a festa. Na véspera da festa, a filha disse para o pai: «A Páscoa está a chegar; por que é que ainda não comprámos as roupas novas?» Retendo as lágrimas, o pai respondeu: «Não te preocupes, minha filha; o profeta Elias enviar-nos-á as roupas novas; não precisamos de as comprar». Mas a pequena, não totalmente satisfeita com a candura da promessa, adiantou: «Papá, e se eu escrevesse ao profeta Elias para lhe dizer aquilo de que precisamos?» O pai sorriu e disse: «Escreve, filha».
3. A menina pegou num lápis e numa folha de papel e escreveu: «Elias, para a Páscoa, manda-nos, por favor, um casaco para o papá, uma saia para a mamã, e uns sapatos brancos para mim». Estava para ir meter a carta no correio, quando parou e perguntou: «Papá, de que me vale pôr a carta no correio, se não sei o endereço do profeta Elias?» Respondeu o pai: «Atira-a pela janela, porque o profeta Elias irá recolhê-la onde ela cair».
4. A menina fez como o pai lhe tinha dito. E cheia de uma fé simples e ingénua, ficou à espera de ver realizado o seu pedido.
5. Passava naquela altura debaixo da janela um homem rico que, ao ver cair ao chão aquela folha de papel, a apanhou e viu o que nela estava escrito. E disse de si para consigo: «Esta noite é festa e não posso desiludir esta pobre família e, sobretudo, a fé da menina». Pôs então numa linda caixa as roupas pedidas na carta, e deixou a caixa junto da porta daquela casa, com um cartão que dizia: «Votos de Páscoa Feliz do profeta Elias».
6. É desarmante a inocência da menina desta história! No meio da pobreza e das lágrimas a custo retidas dos seus pais, ela acredita na alegria, e acaba por conseguir vestir de festa aquela casa. Na tradição bíblica e judaica, Elias é o precursor do Messias. Por isso, em cada festa da Páscoa, que os judeus celebram em família pela noite dentro, a porta da casa fica aberta para que Elias possa entrar; na mesa da Ceia há sempre um lugar a mais, destinado a Elias; nesse lugar, é colocado o respectivo talher e uma taça já cheia de vinho, à espera de Elias.
7. O Livro do Apocalipse (21,4), no seguimento de Isaías 25,8, põe Deus a «enxugar cada lágrima dos nossos olhos». A expressão é ousada, pois não fala de olhos sem lágrimas, mas de olhos cujas lágrimas são enxugadas. Atente-se na diferença: os nossos olhos podem manter-se enxutos por cínica indiferença perante o sofrimento dos outros, ou por um esforço estóico para suportar o nosso próprio sofrimento, ou porque já não há mais lágrimas para chorar. Mas uma lágrima enxugada é diferente de olhos enxutos. As lágrimas representam a nossa história de sofrimento. Dizer que as lágrimas são enxugadas significa dizer que no nosso tempo entra um tempo novo, o futuro-presente de Deus, onde o sofrimento será apagado pelas mãos carinhosas de Deus.
8. Viver a Páscoa, que é o tempo em que vamos, não significa indiferença ou estoicismo, mas, antes, enxugar carinhosamente as lágrimas que correm pelo rosto dos nossos irmãos. O tempo em que vamos é (pode ser) uma viagem para a alegria. E cada um de nós pode ser o precursor desse tempo novo. «Votos de Páscoa Feliz do profeta Elias».
António Couto
sexta-feira, abril 03, 2009
Agostinho da Silva: qual o seu legado?
Filósofo, poeta, ensaísta, teólogo, fundador de universidades. Agostinho da Silva marcou o séc. XX português e o seu espírito livre continua a contagiar todos aqueles que se cruzam com a sua obra.
“O Legado de Agostinho da Silva: quinze anos depois da sua morte” é o tema do colóquio que decorre hoje na Faculdade de Letras de Lisboa.
Agostinho da Silva faleceu a 3 de Abril de 1994 deixando ainda muita obra por publicar e divulgar.
(clique para lêr mais sobre o assunto)
Página no sapo dedicada ao grande HOMEM (http://agostinhodasilva.no.sapo.pt/)
sexta-feira, março 13, 2009
Eterna Saudade
Obrigado Senhor ...