quinta-feira, agosto 02, 2007

Férias 2007

Vou de férias e espero voltar em Setembro com muito mais força e empenho.
Mas deixo-vos com uma música fabulosa e que me deixa "arrepiado".


Então umas Boas férias em e com Deus.

Enfim, coisas da vida ...

terça-feira, julho 10, 2007

Extraordinário

Espante-se, indigne-se e passe a informação:
Em Portugal a interrupção voluntária da gravidez (aborto) dá direito a 30 dias de licença com 100% do ordenado!
Mas uma mulher que esteja grávida e que se veja forçada a ficar de baixa antes do parto, sem este ser de risco, recebe um subsídio de 65% do seu ordenado;
uma mãe que tenha de assistir na doença um seu filho menor recebe 65% do seu ordenado ... Extraordinário não acham?

enfim, coisas da vida ...

segunda-feira, junho 11, 2007

Palavras para quê? só ia estragar o texto

Como digo no título deste post, palavras para quê, só iria estragar a riqueza deste texto.
Mas agora pergunto eu, como é que se mudam as mentalidades dos nossos católicos, relativamente a este tema? alguém me sabe dizer? agradecia ...
é que quando falo sobre este tema (com a mesma opinião que tenho do Pe Anselmo Borges) chamam-me de tolo e que eu não percebo nada disso, e que andei a tirar a licenciatura para ficar com umas ideias esquisitas, será?

REZAR PARA QUÊ? REPENSAR A ORAÇÃO DE PETIÇÃO

Não há palavras, diante de pais em choro pela perda de um filho: "Tanto pedimos a Deus que nos salvasse o nosso filho, e ele não nos ouviu!..."Uma vez, uma senhora ainda jovem, muito doce, a quem a mãe morrera seca com o sofrimento, atirou-me: "Sabe? Às vezes penso que Deus não pode ajudar a todos. São tantos a pedir... Coitadinho!..."É verdade: Deus não pode ouvir as orações todas nem satisfazer todos os pedidos.O teólogo Andrés Torres Queiruga disse-o de modo chocante, quase brutal, mas, para o crente reflexivo, verdadeiro. Tomemos como exemplo esta oração: "Para que as crianças de África não morram de fome, oremos ao Senhor." "Objectivamente, uma petição deste tipo implica o seguinte: 1. que nós somos bons e tentamos convencer Deus a sê-lo também; 2. que Deus está passivo enquanto o não convencermos, se formos capazes; 3. que, se, no domingo seguinte, as crianças africanas continuarem a morrer de fome, a consequência lógica é que Deus não nos ouviu nem teve piedade; 4. que Deus, se quisesse, podia solucionar o problema da fome, mas, por um motivo qualquer, não quer fazê-lo." Conclui: "Sem pretendê-lo conscientemente, mas presente na objectividade do que dizemos, estamos a projectar uma imagem monstruosa de Deus: não só ferimos a ternura infinita do seu amor sempre disposto a salvar como, além disso, acabamos por dizer implicitamente algo que não nos atreveríamos a dizer do mais canalha dos humanos."Quando se reflecte, percebe-se claramente que a chamada oração de petição exige ser repensada. Deus, porque é Força criadora infinita, não intervém de fora, e quem acredita que Deus é Amor não pode estar a implorar-lhe que tenha piedade. Fazê-lo é contradizer-se.Compreende-se - isso sim - que o crente, na sua dor e frente ao horror do mundo, ore, fazendo perguntas e gritando com Deus. Job, sentindo-se inocente, queria levar Deus a um tribunal que julgasse com independência. Está na Bíblia! Jesus rezou na cruz: "Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?" E, como sabia o teólogo protestante Dietrich Bonhoeffer, executado pelo nazismo, o crente terá cada vez mais de aprender a "viver diante de Deus e com Deus sem Deus".Não há Homem religioso que não reze. Mas, como diz o Evangelho, é preciso pedir o que a maior parte das vezes se não quer pedir: o Espírito Santo e a conversão. Na verdade, não se trata de converter Deus à vontade humana e aos seus caprichos, ao seu orgulho e vaidade, à sua avareza e ganância, mas de o Homem se converter ao que Deus quer: simplicidade, capacidade de partilha, humildade, paciência e todas aquelas virtudes que já não estão muito em uso, mas tornam o Homem humano e trazem paz.Quem não deseja ardentemente estar com o Amor? Rezar é marcar encontro com Deus, Anti-mal e Fundamento de todo o ser - Deus é Presença intimíssima e infinitamente activa em todo o real. Nesse encontro, o Homem faz então a experiência da religação à Fonte criadora e dinamizadora de tudo, reconcilia-se com a finitude e, depois de ter descido ao mais profundo, volta ao quotidiano da vida com esperança e serenidade, aquela serenidade de que fala Santa Teresa de Ávila: "Nada te perturbe. Nada te espante. Tudo passa. Deus não muda. A paciência tudo alcança. Quem tem Deus nada lhe falta. Só Deus basta."No entanto, a serenidade não significa passividade nem resignação. Pelo contrário, quem foi ao encontro do Deus que, como diz o Evangelho, mora no oculto, "identifica-se" com ele e com o seu amor e entrega-se ao cuidado da sua obra, a começar por quem mais precisa: o pobre, o escarnecido, o humilhado, o doente, o chicoteado, o velho, o deficiente, qualquer um que sofre. Afinal, é mesmo possível, por exemplo, nós acabarmos com a fome em África!O Evangelho diz que Deus sabe do que os seres humanos precisam, antes de lho pedirem. Por isso, previne contra o longo palavreado vão de quem reza. Manda é o silêncio e a paz interior, para que ele possa entrar: "Tu, quando orares, entra no teu quarto, e, fechada a porta, reza em segredo a teu Pai."
um artigo de Anselmo Borges, no DN de 10.10.07



Enfim, coisas da vida ...

quarta-feira, maio 23, 2007

Este vídeo lembra-me

Palavras que me vêm á cabeça quando ouço esta música:
- Felicidade
- Liberdade
- Paz
- Infância
- Alegria
- Tranquilidade
- Amor
- Partilha
- Tenura
... resumindo
lembra-me Deus !
Enfim, coisas da vida ...


Uma viagem é sempre bem mais do que imaginamos...



sexta-feira, maio 18, 2007

O Aniversário de Karol



Se fosse vivo, Karol Wojtyla, o Papa João Paulo II, faria hoje 87 anos.

Ele nasceu a 18 de Maio de 1920.
Um dia para recordar um homem excepcional.

Tem uma frase que eu acho fabulosa, entre as muitas riquíssimas que nos deixou.

Mas esta marcou-me enormemente e segue-me diariamente a voz do Papa João Paulo II a proferir o seu discurso em que foi o escolhido pelos cardeais para ser o sucessor na cadeira de Pedro.

"Não tenhais medo, escancarai as portas a Cristo"


Enfim, coisas da vida ...

domingo, abril 08, 2007

Ressuscitou!

Nasceu o sol da Páscoa, explendorosa
Ressoa pelos céus um canto novo
Exulta de alegria a terra inteira.

Ressuscitou o Senhor!
Ressuscitou, ressuscitou o Senhor!
Aleluia, Aleluia!

quinta-feira, março 29, 2007

A Gentileza de Deus

“Juliana de Norwich, mística inglesa, disse esta frase que me agrada muito: "Vejam com que gentileza, com que delicadeza Deus trata as suas criaturas." A Virgem Maria poderia ter dito "não" e tudo teria sido diferente. Mas Deus sabia muito bem e desde toda a eternidade, que ela daria o seu "sim", um "sim" totalmente livre. Deus usa para conosco a mesma gentileza, amabilidade e cortesia; Ele não insiste conosco e jamais nos força a fazer algo. Vós podeis dizer-lhe "não". Se esta negação não for um pecado, uma falta, vós não estareis caindo em pecado mortal e continuareis em estado de graça. Entretanto, vós estareis vos emancipando de uma aventura que teria sido maravilhosa. Isto é o que nos acontece constantemente. Esta será uma das dores do Purgatório se Deus, um dia, nos der acesso a este lugar de purificação das almas, por termos passado ao largo de tantos convites da Graça divina, doces como a brisa que Elias sente passar pela montanha, quando Deus deverá descer até ele." In Entrevistas sobre Maria - Cardeal Charles Journet Entretiens sur Marie - Edição Parole et Silence 2001

Este texto representa precisamente este caminhar que percorremos ao longo da nossa vida em busca da santidade (expoente máximo da comunhão divina). É lindíssama esta referência que a beata Juliana de Norwich faz relativamente ao sim de Maria e ao nosso sim diário. Mais tarde ou mais cedo acabamos por "ceder" e aí sim somos realmente felizes. Pessoalmente vou descobrindo cada vez mais a beleza da teologia de Maria, e a sua relação divina e salvífica com Deus. Realmente, só abrindo o nosso coração conseguiremos atingir um patamar de relação com Deus muito mais elevado e mais puro. É isto também que nos é pedido na Quaresma, que nos coloquemos à escuta de um Deus que nos bate constantemente à porta e que, respeitando a nossa liberdade individual, espera pacientemente que lha abramos, ou melhor que "escancaremos as portas a Cristo" vivo e ressuscitado.
Uma Santa e Feliz Quaresma.

texto publicado no Jornal Correio do Vouga

quinta-feira, março 08, 2007

UMA FLOR PARA CADA MULHER



Para todas as que riem e para todas as que choram...
Para todas as que trabalham e para as desempregadas…
Para todas as que foram mães e para que o não puderam ser…
Para todas as que sofrem injustiças e para todas as justas…
Para todas as perseguidas e ofendidas…
Para todas as que amam e para as não amadas...
Para todas as artistas que fazem o mundo mais belo…
Para todas as que rezam pelos que não rezam...
Para todas as que sofrem com o sofrimento dos outros…
Para todas as que partilham alegrias com os tristes...
Para todas as que lutam por um mundo melhor…
Para todas as MULHERES…

retirado do blog: pela positiva


Um beijo para todas as mulheres do mundo!
Em especial para as mulheres da minha vida (Gaby e mãe)!
Graças vos dou Senhor, pela sua existência.

Enfim, coisas da vida ...

segunda-feira, março 05, 2007

Música do dia !!!

Hoje ouvi uma música no canto, que apesar de não ser muito bonita em termos músicais, tem uma letra fabulosa. Da qual destaco o refrão:
"Everybody wants to go to heaven
But nobody wants to die" de B Collision by David Crowder Band.

Tradução: Toda a gente quer ir para o céu, mas ninguém quer morrer !

E não é que é verdade !!!

Enfim, coisas da vida ...

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Antigo arcebispo de MilãoMartini deixa de ser cardeal eleitor



Carlo Maria Martini deixa de poder participar no colégio cardinalício que designe o novo bispo de Roma, ao fazer 80 anos.

O próximo Papa já não contará entre os seus eleitores com Carlo Maria Martini, prelado carismático da Igreja italiana e antigo arcebispo de Milão, tido como figura de proa da ala liberal e que perdeu a possibilidade de se sentar na cadeira de Pedro à medida que o pontificado de João Paulo II se estendia no tempo e batia recordes sucessivos.
Esta quinta-feira, ao completar 80 anos, Carlo Martini deixa de poder participar no colégio cardinalício que designa o novo Sumo Pontífice, o único a quem não é imposto limite de idade para resignar. Martini foi sempre apontado como um rival intelectual de Joseph Ratinzger, o agora Papa Bento XVI.
Teólogo de renome, grande figura intelectual, autor de diálogos com o filósofo italiano Umberto Eco ("Em que crê quem não crê?", edição portuguesa da Gráfica de Coimbra, 2000), o prelado vive hoje retirado num mosteiro em Jerusalém, afectado pela doença de Parkinson, depois de ter resignado ao cargo de arcebispo de Milão, em 2000.
Miguel Marujo FÁTIMA MISSIONÁRIA
Que pena, um homem com uma abertura teológica enorme e com uma vontade de renovar a Igreja tão grande, deixa de estar no lugar devido e de destaque para se tornar efectivamente um homem de Deus.
Enfim, coisas da vida ...

quinta-feira, janeiro 11, 2007

Joseph Ratzinger, a Igreja e o mundo

Fabuloso, é o adjectivo que encontro assim muito de repente para classificar este artigo do Dr. Pacheco Pereira. Este deve ser guardado nos nossos arquivos para ser bem estudado, analisado e comentado no nosso círculo de amigos. É por estas e por outras que nós os cristãos, devemos estar atentos aos sinais dos tempos. Deus fala-nos das mais variadas maneiras, isso é uma certeza.

Joseph Ratzinger, a Igreja e o mundo
Os textos de Joseph Ratzinger escritos como teólogo e homem da Igreja antes da sua escolha para Papa, deixando de parte os mais técnicos, centram-se em meia dúzia de temas recorrentes bastante virados para a relação da Igreja com o "mundo", com a história, com os sistemas de valores circulantes, a interpretação das características da sociedade moderna, e as relações entre a fé, a ciência, a arte e a ética, a guerra e a paz, o legado da antiguidade clássica e o papel da Igreja na construção europeia. Ratzinger é autor de um número significativo de livros, artigos, conferências, intervenções, entrevistas, quer no mundo académico, quer em grandes órgãos de comunicação social, a que não falta um ânimo de polémica, uma vontade de discutir pouco comum na discrição habitual dos círculos mais elevados da Igreja.Ele próprio reconhece que não é tarefa fácil para "quem tenta anunciar a fé no meio de pessoas envolvidas na vida e no pensamento hodiernos pode sentir-se (...) como alguém que se levantou de um sarcófago antigo e se apresenta ao mundo de hoje com os trajes e pensamento de antigamente, sendo incapaz de compreender este mundo e de ser compreendido por ele", retratando-se a si próprio como o palhaço de Kierkegaard, que corre a avisar a aldeia que o fogo que começou no circo a vai atingir, e em quem ninguém acredita pelas suas roupas ridículas. Ratzinger expressa esse sentimento da dificuldade, quase inutilidade, do seu discurso. Há momentos em que se percebe um certo cansaço, suportando um outro "cansaço da Igreja" que ele próprio diagnosticou. Mas a sua escolha como Papa mostra que o tempo em que resistiu a contraciclo ao "catolicismo progressista", à "teologia da libertação" e a um conjunto de propostas teológicas, eclesiais e litúrgicas de "abertura" da Igreja ao mundo que, no seu entender, a descaracterizavam, o tornou menos "como alguém que se levantou de um sarcófago antigo", mas sim como alguém que merece ser escutado, até porque nos anuncia o risco de um incêndio. Foi o que lhe aconteceu no discurso de Ratisbona, presumo até que com alguma surpresa própria.É aqui que a obra intelectual de Ratzinger é interessante porque, sendo ele conservador, é essa espécie especial de conservador que, tendo sido "progressista", mudou por um movimento da reflexão e experiência individual que acompanhou a história recente da Igreja, depois do Concílio Vaticano II. Por isso é conservador, sem ser reaccionário, e, sem aceitar nem se submeter ao ruído do "mundo", não se volta contra ele negando-o. Como teólogo, combateu sempre a dissolução da identidade cristã e católica no "século", esforçando-se por o compreender, sem aceitar o seu império, e sem "secularizar" a Igreja. Ratzinger demarca-se da Igreja reaccionária do século XIX e grande parte do século XX que combateu a ciência, defendeu a monarquia absoluta, que combateu a industrialização, a democracia, o liberalismo, político e económico, como fizeram muitos papas nos últimos 200 anos. Não é esse combate de reacção e negação que o conservador Ratzinger continua, mas sim o de um outro tipo de resistência ao relativismo cómodo, à perda de identidade e de valores sociais, à perda da história e da memória civilizacional, usando a linguagem da filosofia, da história e da cultura contemporâneas. Ao envolver a Igreja nesse debate em termos que podemos considerar, para além da fé, como fazendo parte da nossa linguagem civilizacional comum, Ratzinger dá uma contribuição intelectual, mesmo quando a faz como um testemunho de fé. E é exactamente porque é entendida como um testemunho da fé - alguns dos seus mais interessantes textos são análises do Credo - que nos comunicam alguma coisa, porque se fundam na convicção da Igreja como uma construção divina. Ao ajudar a dar solidez à "pedra" de Pedro, Ratzinger reforça também um dos nossos alicerces civilizacionais, porque essa "pedra" não sustenta apenas o Vaticano, nem a Cúria, nem a Igreja, mas também o nosso mundo. Por tudo isto não nos são indiferentes as suas posições e polémicas sobre o papel da Igreja, porque também delas depende o modo como o corpo da Igreja, do Papa aos fiéis, entende a instituição de que faz parte e o corpo de "saberes" que transporta. Se colocarmos em confronto dois teólogos católicos de relevo no século XX, Ratzinger e Hans Kung, verificamos como as respostas que dão ao posicionamento da Igreja têm efeitos no "mundo" muito distintos. Se a Igreja Católica, em nome de um reforço do seu sucesso temporal se tornasse numa instituição multicultural e "inter-religiosa", com fronteiras indefinidas, como aconteceria se as propostas de Hans Kung e de outros teólogos "liberais" e anti-Papado fossem para a frente, rapidamente se dissolveria no "mundo" como mais uma entidade religiosa, sem centro e direcção e certamente sem magisterium reconhecido. Um dos aspectos que mais fragilizam o islão e mais o impedem de se modernizar é a ausência de vozes interpretativas autorizadas. Num certo sentido, e com excepção do xiismo, no islão não há nem Igreja, nem magisterium, e isso contribui para fixar uma interpretação literal do Alcorão, e das suas componentes jurídicas e societais, como a sharia, nos tempos medievais. A Igreja Católica foi capaz de manter um equilíbrio entre o que considera "revelação" e o "mundo" que lhe permitiu sobreviver como instituição global num mundo fortemente laicizado, porque tinha uma autoridade central que interpretava e uma hierarquia que levava a autoridade dessa interpretação aos fiéis.Como laico, eu valorizo o magisterium da Igreja, mesmo quando dele discordo na sociedade e na política. Prefiro uma Igreja institucional e conservadora a mais um "movimento" com fronteiras indefinidas, mesmo que fundado numa fé genuína dos seus crentes. Penso que sem magisterium a Igreja verdadeiramente nunca seria capaz de mudar e que é pelo magisterium que muda. Um retorno à Igreja comunitária primitiva, a negação do papel do Papa e uma recusa da Igreja hierarquizada trariam ainda mais confusão e um maior deslaçamento da sociedade. A oposição de Ratzinger a estas teses e a Igreja que agora como Papa tem autoridade para ajudar a construir pode não chegar para evitar o velho fantasma que nos ronda as casas, o da "decadência do Ocidente", mas ajuda a esconjurá-lo.Compreendo que dentro da Igreja, muita da resistência ao "século" pareça empobrecedora para os católicos - por exemplo, a recusa da ordenação das mulheres, ou as posições da Humanae Vitae sobre a contracepção - mas, para "fora", uma Igreja que mude só com solidez e prudência, que afirme um sistema de valores que comunica com outros valores sociais e os reforça é fundamental. Nos dias de hoje, os aspectos mais socialmente negativos das posições da Igreja (sobre moral sexual, por exemplo) parecem-me de todo circunstanciais e, a prazo, acabarão por mudar, mas é essencial que essa mudança se faça sem pôr em causa a autoridade da Igreja enquanto presença moral e espiritual. Pode parecer contraditório desejar ao mesmo tempo mudanças e prudência, mas não é.Sem a Igreja cristã, seja a "apostólica romana", sejam as igrejas ortodoxas, luteranas, protestantes e a anglicana, o teor do debate "moral" na nossa sociedade seria certamente muito menor. Como tudo puxa para que ele seja pouco e tenda ainda a ser mais escasso, precisamos dessa face da nossa identidade, mesmo que para muitos essa seja uma identidade nostálgica e perdida. Perdida ou actual, ela está lá. Para o "mundo", faz mais falta uma Igreja sólida, lenta e prudente, ou seja conservadora, do que uma Igreja "progressista". Para "progressismo" e "politicamente correcto", já temos que chegue. Para além disso, marxistas e "progressistas" fazem muito melhor "progressismo" do que faz a Igreja. Este é também o sentido da obra teórica de Ratzinger.

Pacheco Pereira, Historiador - in jornal público de 11.01.2007

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Acenda uma vela contra a pornografia infantil



A luta contra a pornografia infantil na Internet está a correr o mundo através da campanha «on-line»: “Acenda um Milhão de Velas”. O objectivo é conseguir o máximo de assinaturas “para pressionar políticos, instituições financeiras, fornecedores de serviços de Internet e companhias de tecnologia a eliminar a viabilidade de existência de uma indústria de pornografia infantil na web”.

Para quem quiser ajudar nesta causa, que afecta mais de 20 mil crianças diariamente, a mensagem da petição é clara: “Nós não precisamos do seu dinheiro, apenas queremos que acenda uma vela. Eles têm o poder de trabalhar juntos. Nós temos o poder de faze-los agir”.
Acender o primeiro milhão de velas em menos de quatro meses era o objectivo inicial da campanha, propósito que foi conseguido em menos de 60 dias. Para participar basta aceder ao sítio oficial da petição e deixar o seu nome, nacionalidade e endereço de correio electrónico.

Indústria multimilionária
A petição está a ser acompanhada por um vídeo, que anuncia os dados mais importantes sobre a pornografia infantil na Internet. Actualmente “existem mais de 100 mil sítios, que publicam cerca de um milhão de imagens de adolescentes e milhares de crianças a serem sujeitas a algum tipo de abuso e exploração sexual”.
O vídeo revela ainda que a pornografia através da Internet é uma indústria multimilionária, estimando-se que movimente verbas muito superiores à venda de música «on-line».


Assinar Petição

Assinem e divulguem, é por uma causa mais do que justa.

Enfim, coisas da vida ...

Lilypie First Birthday tickers Lilypie