Começo agora a descubrir muito ao de leve a poesia. Sempre tive enorme dificuldade em me conseguir concentrar para pensar seriamente nas palavras soltas e breves que são utilizadas na poesia. No entanto cada vez mais começo a gostar de lêr e relêr algumas poesias. Será então este um sinal de velhice? ou que estarei a ficar maduro?
Deixo-vos aqui com um poema lindíssimo que hoje por acaso li e sinceramente gostei.
Soneto dos 45 anos
Que soubeste fazer da tua vida
depois de tantos anos à procura
do que chamavas terra prometida
no meio da floresta mais escura?
Por que deste consolo a essa ferida
que ainda continua a arder sem cura
se do teu coração não há saída
e o tempo te devora em lenta usura?
O que te ensina hoje cada dia
se já pouco te dói como doía
e tudo se transforma em quase nada?
Apenas o amor, que será só
memória de quem és, do pó ao pó
- cinza talvez, mas cinza apaixonada.
A Luz da Madrugada, por Fernando Pinto do Amaral. Dom Quixote.
Enfim, coisas da vida ...
1 comentário:
Também editei 1 livro de poesia, faz algum tempo é certo mas, ler poesia, não é sinal de velhice, mas sim de outras prioridades. A biblia, por exemplo, meu amigo, tem tanto de verdade como de poesia, alías, poesia verdadeira e que devemos seguir. Se quiseres manda um email com endereço que ofereço-te um.
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